
Hora de benção, de perdão, de prece...
E que, no entanto, é das que mais afligem...
Entardecer... O azul empalidece
como um rosto na agônica vertigem ...
Em breve a noite vai colher a messe
das estrelas ... E da cerúlea origem
a alma do vago sobre as almas desce
e as saudades para elas se dirigem ...
Morreu da luz o fulgurante império ...
O poente, como as ilusões perdidas,
os nossos sonhos vãos, se fez cinéreo ...
E sobre tantas ruínas, quando enoite,
virão chorar, nas horas esquecidas,
as cristalinas lágrimas da noite ...
José Lannes
inCandeia – l.948.
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